Uma simples caminhada na rua nos mostra como as pessoas são diferentes umas das outras, cada uma com seus detalhes. Todas essas diferenças também refletem nas necessidades de cada pessoa, que variam muito. Mas sabemos que em se tratando da saúde, a necessidade de acesso aos cuidados básicos é igual para todos. E com a saúde bucal não é diferente.
Buscamos estar sempre antenados sobre os cuidados bucais que nos garantem autoestima e bem-estar, né?
Mas você já parou para pensar em como são os cuidados bucais de pessoas com deficiência? Hoje vamos saber mais sobre essa realidade e para isso contamos com a Dra Michelle Ladario, dentista do Grupo Mais Sorriso.
Pacientes com deficiência no consultório odontológico
De acordo com Dra Michelle Ladario, “antes de qualquer tratamento médico ou odontológico, o dentista realiza uma pequena entrevista com o paciente, chamada anamnese. Enquanto o profissional conversa com você e pergunta sobre o seu histórico, sua saúde e sua vida pessoal, ele está reunindo informações sobre aspectos biológicos e comportamentais que fazem diferença na hora do tratamento.”
“Em se tratando das pessoas com deficiência, a anamnese é uma etapa fundamental. É por meio dela que o dentista avalia as necessidades do paciente para planejar a melhor forma de agir”, explica Dra Michelle, acrescentando que “existem vários tipos de necessidades especiais, incluindo alterações intelectuais e físicas; assim, o profissional precisa considerar esses detalhes para que seu trabalho seja eficaz e para que o paciente não fique estressado durante o atendimento.”
A especialista ainda nos explica que “faz muita diferença para o paciente que ele esteja acompanhado por alguém que gosta e confia. Os familiares ajudam muito compartilhando as técnicas que desenvolveram em casa para lidar com as necessidades dos pacientes. Mas há casos em que pode ser difícil contornar o estresse apenas com diálogo, e aí que os responsáveis e os profissionais utilizam alternativas como fármacos para sedação, prevenindo qualquer tipo de acidente.”
Saúde bucal dos pacientes com deficiência em casa
Alguns tipos de deficiência comprometem as habilidades motoras, e com isso os pacientes dependem de cuidadores ou familiares para realizar a higiene bucal. Sobre esses casos, Dra Michelle comenta que “é necessário ficar de olho na alimentação, evitando dietas calóricas que são um prato cheio para as cáries. Além disso, a higiene bucal pode ser complementada pelo uso de clorexidina, flúor e enxaguante bucal. Mas em hipótese nenhuma a escovação deve ser deixada de lado.”
Segundo a profissional, “do ponto de vista odontológico, a forma ideal de cuidar da saúde bucal de pessoas com deficiência é diagnosticando precocemente os problemas e, então, fazendo o tratamento adequado. No Brasil ainda faltam programas preventivos, de conscientização e tratamentos acessíveis, mas é um quadro que estamos trabalhando para reverter”, finaliza.
Além dos dentistas, outros profissionais podem ser úteis para a saúde bucal das pessoas com deficiência. Um fonoaudiólogo, por exemplo, ajuda muito na fala, mastigação e deglutição. Sempre que for possível, combine as ações dos profissionais para melhorar o bem-estar físico, mental e social dos pacientes.
Melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência está ao alcance de todos. 😊
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